Notícias

Campo Grande apresenta metodologia de coleta de dados de acidentes

18.07.2012 - 17:30
  • Ivanise Rotta. Foto: Fabio Nassif

  • Ivanise Rotta. Foto: Fabio Nassif

Ivanise Rotta, chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) de Campo Grande (MS), expôs, na tarde desta quarta-feira (18), a experiência de sua cidade com o projeto Vida no Trânsito. A palestra ocorreu durante o Congresso Internacional de Trânsito – Ideias que salvam vidas, promovido pelo Detran/RS. O evento marca os 15 anos do Detran gaúcho e integra a Década de Ação pela Segurança do Trânsito, estabelecida pelas Nações Unidas, cujo objetivo é reduzir em 50% o número de vítimas de acidentes de trânsito até 2020.

O projeto Vida no Trânsito, lançado em junho de 2010 pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Bloomberg Philanthropies, tem como objetivo fazer que as cidades selecionadas desenvolvam experiências bem-sucedidas na área, para que possam ser reproduzidas por outros municípios brasileiros.

Segundo Ivanise, antes do projeto a coleta de dados de acidentes de trânsito em Campo Grande era realizada apenas por meio da análise dos Boletins de Ocorrência (BOs). Hoje, esses dados são enviados ao Ministério da Saúde, que os cruza com suas próprias informações. “Assim, podemos sistematizar esses novos dados e pôr em prática nossas ações. A fiscalização fica mais fácil, pois temos informações completas sobre os horários e os locais dos acidentes e a faixa etária das vítimas. Isso é útil para a realização de blitze, campanhas educativas e medidas de engenharia de trânsito.”

De acordo com a análise dos dados disponíveis, a Agetran pôde estipular prioridades e, desse modo, lançar programas relacionados a três temas: velocidade, motociclistas e álcool. Entre os resultados positivos, Ivanise cita a redução em 42,6% de homicídios culposos no trânsito no primeiro semestre de 2012 em comparação com o mesmo período de 2011, além de uma leve redução de mortes entre 2010 e 2011: de 1.262 para 1.179.

Igor Ojeda
de Porto Alegre