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“De nada adianta grandes projetos se não cuidarmos do cotidiano das pessoas”

18.07.2012 - 09:45
  • Governador Tarso Genro. Foto: Fabio Nassif

  • Governador Tarso Genro. Foto: Fabio Nassif

  • Governador Tarso Genro. Foto: Fabio Nassif

  • Governador Tarso Genro. Foto: Fabio Nassif

  • Governador Tarso Genro. Foto: Fábio Nassif

“O Detran saiu de um período muito difícil e, em pouco mais de um ano e meio, conseguiu ser resgatado técnica e politicamente, mostrando que é possível melhorar a qualidade do trânsito no Rio Grande do Sul”. Com essas palavras, a secretária estadual de Administração e dos Recursos Humanos, Stela Farias, abriu a primeira sessão de conferências desta quarta-feira (18), do Congresso Internacional de Trânsito, no Centro de Convenções do Barra Shopping Sul, em Porto Alegre. Stela Farias destacou as políticas públicas que vem sendo implementadas no Rio Grande do Sul, que já se traduzem na melhoria dos índices de acidentes. “Não se ouviu mais falar mal do Detran, só tem notícia boa como a redução do número de acidentes, resultado de programas como o Balada Segura e o Viagem Segura.”

Na mesma direção, o governador do Estado, Tarso Genro, recepcionou os participantes do Congresso destacando que ele ocorre em uma semana muito significativa para o Rio Grande do Sul. “As nossas políticas organizadas pelo Detran, pela Secretaria da Administração e por outros órgãos já estão apresentando um efeito extraordinário”, comemorou. O governador gaúcho contextualizou essas políticas dentro do que chamou de “vigoroso ajuste fiscal e político” que vem sendo aplicado no Estado. E qualificou esse ajuste, diferenciando-o daqueles que, neste momento, vêm sendo implementados em vários países europeus que atravessam grave crise econômica. “Assim que assumimos, nós reorganizamos nosso espaço fiscal, em conjunto com alguns Estados, junto à União. Isso permitiu que recuperássemos nossa capacidade de endividamento e de investimento que estava esgotada.”

Outra medida importante destacada por Tarso Genro foi a cobrança da dívida do Estado que gerou aumento de arrecadação sem aumentar impostos. Não só não aumentou, destacou, como diminuiu impostos para pequenas e médias empresas. “Nós também reorganizamos o sistema de incentivos fiscais para combater desigualdades regionais e sociais. Utilizamos a receita própria do Estado para começar a recuperar salários. Em quatro anos, os servidores do magistério, por exemplo, terão 76% de aumento, o que representa cerca de 50% em termos reais. E conseguimos recursos para investimentos em infraestrutura, que serão utilizados em obras de saneamento e para a qualificação da malha viária do Estado”, acrescentou Tarso.

O governador enfatizou que esse ajuste é completamente diferente dos ajustes neoliberais que neste momento estão prejudicando vários países da Europa. Trata-se, definiu, de um ajuste para o desenvolvimento e o investimento no Estado. “Estamos fazendo isso no momento que, em escala mundial, muitos governos cortam salários, demitem funcionários públicos e reduzem-se aposentadorias. Nós caminhamos em outra direção, pois entendemos que não é o setor público o responsável pela crise, mas sim o capital financeiro globalizado”. Mas de nada adianta termos grandes projetos estratégicos, ressaltou Tarso Genro, se não cuidarmos do cotidiano das pessoas. “É preciso saber fundir o dia-a-dia das pessoas com a história. Esse congresso está associado a essa ideia”, resumiu.

Marco Weissheimer
de Porto Alegre